Apego

20:34

Hey blog.

   Minhas duvidas se tornaram diferentes ultimamente. Fui criada longe dos meus parentes, e cresci sem saber o conceito de uma vó, avô, prima, primo, tios... Ter alguém para contar, meu refúgio nesta ilha? Família e alguns ouvidos.
Ouvidos esses que a maior parte da minha vida eram alguns curiosos, aqueles que se sentiam penalizados, novos demais para fazer algo sobre o que ouviam. E a cada problema , eu planejava, minha fuga, minha escapada, mas não dei um único passo para longe.

   Os únicos passos que dei me levaram a ouvidos , me apeguei a ter alguém para me ouvir, nem que para isso eu precise ouvir muito mais. Essa necessidade não só afeta meu humor, mas o meu cotidiano. 
Sempre é muito melhor quando saio, e confraternizo, sinto que existe alguém que se importa comigo, que se locomoveu apenas pela minha presença. E melhor ainda, que se por um acaso eu não existir mais eu tenha deixado marca. Eu continuo tendo essa necessidade de ser alguém, mesmo quando eu não estiver, não quero ser história, mas quero marcar a vida das pessoas pela qual passei. 

  Isso anda prejudicando pessoas a minha volta, pessoas que se importam com outras mais próximas.
A simples capacidade de não conseguir me deter ao coração de uma pessoa, não conseguir fazer dessa pessoa a maior parte do meu mundo, de me fazer depender dela como eu dependi do meus ouvidos. Isso me destrói , destrói quem está a minha volta e me torna mais sozinha a cada dia.
E isso tem que parar, não sei quanto tempo vou poder me desdobrar para ser tudo isso que quero ser, sem machucar pessoas próximas de mim ou a mim mesma.

   Mas eu conheço o coração humano, e sei o quão egoísta ele pode ser, o que eu ganho fazendo sempre isso? Sempre analisando o que faço de errado, sempre tentando tornar o que eu faço melhor, para mim e para quem está a minha volta... 

   Ainda não descobri isso por mim mesma, o que me motiva?

"Essa é uma de muitas dúvidas, e nada mais."

Bye. Lee

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